Desfecho intrigante

Num campanha política que foi caracterizada muito mais por acontecimentos que não condizem com a política feita de maneira limpa e correta, inclusive, sendo divulgados pelos meios de comunicação, o final das eleições na cidade de Monte Alegre não poderia ter acabado de outra forma, intrigante.

O TRE impugnou os dois candidatos a prefeito: Graça e Severino Rodrigues. O que chamou a atenção da Justiça Eleitoral e a minha foi o elevado número de votos nulos, que segundo dados do TSE chegou a 13.846 votos, o equivalente a 98,24% dos votos apurados.

Com isso o processo está sub judice, ou seja, ainda está sob apreciação judicial, e nessa situação, quando não há decisão final da justiça sobre as respectivas candidaturas, cada voto para o candidato impugnado é considerado como nulo.

Caso as duas candidaturas forem indeferidas, haverá uma nova eleição na cidade e na minha opinião se por acaso estiver dentro da lei eleitoral, os acontecimentos extras eleitorais desde que comprovarem a participação ou não de ambos os candidatos, a eleição teria que ser com novos candidatos.

Como sou leigo em assuntos políticos quero que me expliquem o seguinte: como é que pode dois candidatos serem impugnados e ainda assim, esses mesmos candidatos possam ainda concorrer ao pleito? Não seria óbvio que mudassem os candidatos?

Como pode uma cidade que até este ano, politicamente não tinha tanta visibilidade, e de repente ficou visível por consequência de atos – até que provem ao contrário, que não ajudam em nada o processo democrático que é o voto de livre.

Que tudo isso seja apurado da forma mais transparente possível, e que no final o candidato a ou b, mediante as provas, seja declarado o vencedor e que possa governar a cidade da melhor forma possível, atendendo aos anseios da população, independente de terem votado ou não no candidato vencedor, aqueles que realmente tem o poder nas mãos e que nem sempre sabem utilizar devido a mordaça, a venda nos olhos e os tapa-ouvidos entregues pelos candidatos, em forma de dinheiro, tijolo ou outras formas de “brindes eleitorais”.